É difícil seguir adiante
num relacionamento quando temos dúvidas do que queremos ou do que sentimos.
Amar alguém não é uma questão de agora eu quero e pronto, tem que ter química
para depois rolar um sentimento. Tem que ter aquele tesão ao olhar para a pessoa,
aquela vontade de sentir o cheiro de tal e assim arrepiar só de tocar a (o)
amante. Mas tem aqueles (as) que tentam fazer disso algo mutável pela simples
vontade de agradar alguém, de insistir em algo ao qual todos vêem que dará
errado ou até mesmo de fingir um sentimento que não existe.
A seguir mostrarei um relato sobre
isto, um relacionamento que se desfez:
“...
Bom, o que pode ser dito é que algo que começou como uma incerteza total, sem
rumo, sem sentido, uma amizade surgida “do nada” pelo Orkut a um bom tempo
atrás, se tornou depois o encontro de corpos, o primeiro beijo num evento e
desde então, o começo de uma longa e complicada história.
No começo parecia que um completava o
outro, porém à distância, o meu não saber se era realmente aquilo que queria e
esperava pra mim, naquele exato momento da minha vida. Repentinamente tantas
mudanças e havia também um “outro alguém” por quem eu pensava, porém sem ter nada
sério. Não queria mostrar há ninguém meu relacionamento com tal, tinha um
receio muito grande das coisas, do meu não saber, das minhas dúvidas, logo eu,
envolvida com alguém tão inesperadamente, a menina fria e dura, estava me
apaixonando, como era possível?
Foi assim por um bom tempo, encontros
escondidos, quase ninguém sabia, nem eu mesma ainda sabia se era aquilo que eu
queria pra mim. Diversas tentativas de termino eu fiz, porém, eu cometi talvez
o meu maior erro: fiquei por “caridade” com alguém. Sentia-me culpada por ter
deixado as coisas fluírem daquela forma e não ter feito nada para parar, mesmo
não ligando para mim, sabia que não o amava de verdade. Já ele demonstrava o
contrário em relação a mim, em qualquer tentativa de término, parecia que algo
de trágico aconteceria com ele, isso me fez ficar e continuar até que, eu meu
apaixonei e assim correspondi aos sentimentos.
Estava então tudo bem, porém um grande
problema surgiu e se chamava ciúmes excessivos. Eu não podia ter meus amigos,
não podia receber um elogio inocente, tudo era motivo para brigar, pois para
ele alguém ia dar em cima de mim, e olha que eu não sou a beleza e simpatia em
pessoa. Quando ocorria, eu sempre soube colocar para mim o meu lugar e me impor
na situação. Mas isso desgastou todo o relacionamento com o passar do tempo.
Mas, ainda assim, tentávamos e tentávamos, parecia que aquilo jamais acabaria
que sempre seria daquela forma, com brigas, mas sempre juntos. Não nego as
partes boas, eu fui feliz, eu sai para lugares que nunca havia ido antes,
conheci novas pessoas, provei novos sabores e me deixai levar pelo novo
horizonte. Mas ainda não era tudo o que eu queria, havia um vazio, um vazio que
eu achava que podia se ocupar um dia, mas que nunca aconteceu, apesar do meu
insistir tanto.
Um
dia me toquei que o sentimento não era o que eu sempre quis e que eu não o
sentia de verdade. Pra ser sincera acho que ele nunca esteve ali, só fui
enganada por mim mesma pelo calor da situação e o acobertava com medo de não
achar mais ninguém pra mim.
Então certo dia
tudo acabou, não de uma hora pra outra, ainda ouve tentativas (da parte dele)
de retorno, mas eu já estava decidida. Eu não estava pronta para aquilo, não
para ele ao menos, precisava de outra coisa, de outro alguém, mas também não
naquele momento. A partir dali decidi optar por meus amigos, por sair e me
divertir. E assim foi feito então, voltei a ser a menina decidida que havia
deixado de ser quando achei que me entregava a ele. Optei por ser solteira e
confesso que eu pensava nele, mas não com a saudade de manter um relacionamento
e sim, com a saudade da amizade que eu estava perdendo, afinal, ele era meu
companheiro e meu amigo antes de tudo aquilo ter começado. Dizer que eu sofri
por ele seria mentir, mas digo que senti saudades, saudades do AMIGO, não do
namorado que tive... ’’
Jéssica
Santos, 21 anos, Arujá – SP
Como podemos ver este caso começou meio que sem querer, de uma sólida
amizade que virou um namoro instável até o não amar e depois se apaixonar.
Quando tudo parecia bem surgem os ciúmes e nisso a volta das incertezas, que
levou a nossa protagonista cessar tudo levando ao término do relacionamento.
Em raros casos vemos que um ser
consegue aprender a amar o outro, mas não devemos dar a nós esta cruel tarefa.
Se infelizmente não correspondemos a algo temos que ter coragem de falar nos
olhos da pessoa à verdade, para que assim ela não alimente falsas esperanças.
Claro que ela pode se magoar, mas a dor sofrida no começo não é tão forte
quanto a do fim... Isso pode levar ao ódio, pois este sentimento é uma
fronteira constante com a do amor antes sentido.